Artigo

Caminho para Casa

Vim para casa, com o sentimento de dever cumprido por ter feito o teste, mas ao mesmo tempo triste por não te ter visto.

Passei pelos mesmos sítios que costumo passar para vir para casa.

Passei o semáforo junta à saída e relembrei-me daquele texto que te dediquei dos semáforos.

Mas segui em frente, no entanto queria perguntar-lhe se ele parou ali hoje a princesa da minha vida, e pedir-lhe para a deixar passar sempre, nunca a deixar esperar no trânsito.

Passei pela rotunda do costume, sempre perigosa por as pessoas passarem sem olhar para os carros e pensarem que são as maiores. Lembrei-me da história que o meu professor nos contou que uma vez zangou-se com um rapaz que ali passava que parecia que estava a tomar café no sofá na passadeira de propósito.

Segui em direcção às paragens de autocarros cheias de gente, antigamente quando sabia que ias de autocarro para casa arriscava ter acidentes e ficava a olhar para lá a ver se te via. Como o tempo passa…

Segui pela direita, entrei na via rápida, naquela que decerto todos os dias entras para ir para casa, e eu também. Lembrei-me quando vi aquele pôr do sol especial já tarde e te dediquei um texto quando cheguei a casa. Pequenos momentos, mas significam tanto, como tudo onde passo e me lembro de ti, é impressionante.

Virei em direcção ao centro comercial, apanhei trânsito, não tanto, mas algum, de algumas pessoas que iriam fazer compras, decerto buscar algo especial para oferecer a quem amam. Lembrei-me de ti e do que um dia te comprei para te oferecer e que nunca te consegui dar.

Passei uma ponte, não virei para o hospital, mas um dia queria que fosse nele onde visse nascer os nossos filhos, seria o momento mais especial da minha vida por te ter mostrado que o amor tem sentido quando se diz para sempre.

Segui em frente, vi a primeira placa com o nome da tua cidade, talvez não é agora onde vives, mas tinhas-me dito na altura que te conheci que moravas lá, senti o coração disparado, por ti. Sempre que vejo aquela placa fico assim, lembro-me mais uma vez de ti. Impressionante.

Fui em direcção à estação dos comboios, mas virei logo na primeira saída porque o meu destino era a minha casa física, no entanto a casa onde vivo todos os dias é em ti, e não quero mudar nunca de casa, quero morrer nos teus braços.

Cheguei ao meu destino depois de mais umas voltas entre ruas que decerto não conheces, mas que ficam junto à estação dos autocarros. Antigamente ia todos os dias ia à janela da minha casa ver se te via na central, a ver algum autocarro com o nome da tua cidade, afinal podia não te ver, mas se todos os autocarros param aqui, em algum deles entraste um dia e por isso era especial.

Amo-te todos os dias, mesmo que não te possa ver na minha vida!! És a minha vida, e se nunca acreditares nisso, eu estarei aqui na mesma com a mesma intensidade se tivesse contigo, porque o amor nunca desaparece, multiplica-se todos os dias!!

16 JAN, 2017 0

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